Pular para o conteúdo principal

Sequências & Pulsos

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR


A obtenção de IRM a partir do hidrogênio se deve ao fato deste elemento responder a campos magnéticos externos e também por ser um dos principais contribuintes da matéria orgânica, chegando a representar 70% do corpo humano.

Hidrogênio possui uma carga positiva no seu núcleo (próton +) e uma carga negativa em sua eletrosfera (elétron e-).

Conforme o campo magnético pode ser discretamente alterado gerando um movimento característico conhecido por PRECESSÃO.


Quando o átomo de hidrogênio fica submetido à forte campo magnético, ocorre uma alteração no seu eixo giratório de uma “linha” para um “cone” em decorrência desta forca.
Com o movimento de precessão podemos adquirir algumas leituras, em decorrência do tempo este movimento diminuir e voltar para seu estado original (como um peão cambaleando).

Se as linhas de forca estiverem orientadas na direção do eixo Z do equipamento a magnetização longitudinal recebe o nome de Mz. (magnetos supercondutores).
Quando o paciente entra no aparelho de ressonância a grande população de hidrogênio (baixa energia) se orienta ao eixo Z do equipamento a outra porção (alta energia) para o lado oposto.

Os de baixa adquirem energia e os de baixa perdem energia, assim ocorre o que se conhece por Equilíbrio Dinâmico.

A ressonância resulta na perturbação deste equilíbrio de tal forma que a orientação Mz mude para o plano X, Y. Isso acontece quando aplicamos ondas eletromagnéticas de radiofrequências.


F.I.D (FREE INDUCTION DECAY)

Queda livre de Indução: Indica que o sinal de ressonância vai diminuir de intensidade em função do tempo.

Relaxação Longitudinal
Os prótons que absorveram energia começam a liberar em busca do estado original. Os diferentes tecidos recuperam-se em tempos diferentes, podemos assim (recuperação de 63%) obter estudos que chamamos de ponderação em T1.


Relaxação Transversal
Com o átomo na condição transversal os tecidos apresentam pouca diferença de contraste, porém em decorrência do tempo os átomos retornam ao valor original, quando essa recuperação atinge 37% podemos fazer o estudo conhecido como ponderação em T2.



As principais características o brilho dos líquidos. Tecidos musculares, vísceras, parênquimas apresentam-se escuros com pouco sinal.


SEQUENCIA DE PULSOS


Os pulsos de RF influenciam no contraste das imagens, uma vez que, os diversos tecidos respondem de forma diferente a estas aplicações.

TR – Tempo de Repetição
Tempo medido entre o primeiro pulso e sua repetição.
Ex.: TR = 400ms
  
TE – Tempo de Eco
Tempo médico entre o primeiro pulso e a amplitude máxima do sinal de RM (eco)
Ex.: TE = 20ms

IR – Inverso Recovery
1 pulso de inversão de 180 + 1 pulso de 90 + 1 pulso de 180.

Imagens de Alto Contraste
Suprime o sinal da gordura ou outro tecido em particular. (saturação)

O parâmetro TI (tempo de inversão) usado nesta sequência influenciará o padrão da imagem.
TI = 160ms (satura gordura)
TI = 800ms (Aumenta o contraste por T1)
TI = 2200ms (Satura o sinal do Liquor)
  
SPIN ECO
A sequência mais utilizada, padrões em T1, T2 e DP. Podendo ser possível obtenção de imagens de ponderações diferentes em uma mesma aplicação.
  
FAST SPIN ECO (Turbo Spin Eco)
Utiliza-se uma cadeia de pulsos, a uma única imagem, trem de ecos. Sendo assim, é preenchido rapidamente o espaço K. (pulso de 180).
  
SINGLE SHOT FAST SPIN ECO (SSFSE)
Utiliza um trem de eco suficiente para preencher o espaço k em um único TR.
Este recurso utilizados nas ponderações de T2 colangiorressonância, urorresonância entre outras.
  
EPI – Echo Planar Imagem
Técnica mais rápida, pois permite o preenchimento do espaço K em único TR sem a necessidade de utilizar o pulso de 180 graus.
  
Gradientes de Eco
Utiliza-se pulso inicial de ângulo entre 5 a 180 graus (FLIPE ANGLE)
TR e TE muito curtos, reduz o tempo de exame porem apresenta artefato na imagem.

FLAIR: Sequencia com IR de tempo aproximadamente 2000/2200 ms utilizados para obter ponderação em T2 com supressão do liquor.

STIR: Sequencia IR com ponderação em T1.

SPIR: Sequencia IR com saturação spectral da Gordura.

TOF GRE 3D: Sequencia vascular, Time of Flight, aquisição de um volume de imagens.

DW–EPI: Sequencia de Difusão pela técnica de Echo Planar Image.

PERFUSION–EPI: Sequencia de perfusão pela técnica Echo Planar Image.





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Articulação Mortise

Uma visão morta do tornozelo com uma util massa de tecido macio visível entre as duas flechas brancas. Visão de Mortise: Para obter uma melhor visão do mortise do tornozelo, a perna do paciente deve ser girada internamente apenas o suficiente para que o maléolo lateral (que é normalmente posterior ao maléolo medial) esteja no mesmo plano horizontal do maléolo medial e uma linha desenhada por ambos os malleolos seria paralela à mesa. Geralmente, isso requer apenas aproximadamente 10 a 20 graus de rotação interna. Em outras palavras, ao visualizar a visão de morta, a tíbia e a fíbula devem ser vistas sem sobreposição uma na outra. Esta visão de morta representa uma verdadeira projeção de AP da morta de tornozelo e também fornece uma boa visualização da cúpula talar (para descartar fraturas de cúpula talar osteocondral).
SEQUENCIA DE PULSO SPIN-ECO Spin-eco convencional Mecanismo: Spin-eco usa um pulso de excitação de 90 ˚ seguido por um ou mais pulsos de refasagem de 180˚ para gerar o spin-eco. Se apenas um eco é gerado, uma imagem ponderada em T1 pode ser obtida empregando-se um TE curto e um TR curto. Para imagens ponderadas por densidade de prótons e T2, são aplicados dois pulsos de RF de refasagem,   gerando dois spin-eco. O primeiro eco tem um TE curto e TR longo para conseguir o DP e o segundo tem TE longo e TR curto para alcançar a ponderação em T2. Parâmetros TE curto: 10 a 30 ms TR curto: 300 a 700 ms Tempo normal de escaneamento : 4 a 6 min ************************************************** Ponderação em T2/densidade protônica TE curto: 20 ms/ TE longo: +80ms TR longo: +2000 ms Tempo normal de escaneamento 7 a 15 min As imagens ponderadas em T1 são uteis para mostrar a anatomia porque têm a SNR alta, em conjunto com o meio de contraste,

Ressonância Magnética - Neuroeixo

Exame de ressonância magnética que abrange o estudo e avaliação do crânio, coluna cervical, coluna dorsal e coluna lombo sacra. Conforme o caso, a requisição médica pode solicitar administração do Gadolínio, meio de contraste usado nos exames de ressonância, isso exigirá a realização da fase contrastada dessas regiões. O incomodo deste exame é o tempo, cerca de 1h e 20min, e o fato do paciente ter que ficar imóvel durante este tempo e dentro de um cilindro. Embora o barulho do aparelho sejam elevado, alguns pacientes adormece e/ou resolver realizar um pequeno movimento, e isso pode comprometer a sequencia do exame tornado mais longo, e em um setor que trabalha com agendamento ocasiona atraso nos demais exames. Nas imagens a seguir veremos imagens para verificação de compressão medular. Iniciamos com protocolo de crânio com o localizador e Sequencias Basicas pré-contraste. Planejamento Corte Coronal: Planejamento Corte Axial: Planejamento Corte